quinta-feira, 1 de novembro de 2012

É sempre a andar!

Tenho o hábito de escrever apenas quando me sinto triste. Ora, há que mudar isso, e hoje é um dia tão bom para o fazer como outro qualquer. Hoje, tive um dia mesmo bom.
Dormi tudo o que tinha a dormir, encontrei o meu passe de transportes públicos (há muito desaparecido), e ao abrir o e-mail, tive uma surpresa muito agradável. Saltitando de degrau em degrau, desci as escadas e saí à rua, para sem me preocupar com horas nem com nada (um luxo que gozo poucas vezes), dar uma voltinha. No caminho, entrei pela primeira vez numa lojinha portuguesa, onde comprei queijadas de feijão, um pão com chouriço e ainda me ofereceram um café. Ficou a saudade por um  bocado saciada, e eu, de tão contente, voltei para casa a cantar baixinho esta canção:

"Lá vai o comboio, lá vai a apitar,
Lá vai o comboio, tão longe do mar!
Lá vai o comboio, queira logo entrar,
Que este o comboio não vai esperar!"

Tão bem disposta, já não custava tanto rir-me de toda a intriga. E para manter a moral em alta, recordei ainda a boa sabedoria popular que há tanto tempo conheço e quase nunca emprego. Coisas do género: "Mais vale um pássaro na mão, do que dois a voar". E como se os atenciosos conselhos do meu povo não bastassem, evoquei as razões históricas, mais nobres: "Há que honrar tão antigas alianças...".
Sim senhora, foi um grande dia.