terça-feira, 31 de janeiro de 2012

sábado, 28 de janeiro de 2012

Saudade

Às vezes, quando me deito, penso que o meu dia não mudou o dia de ninguém. Parece que, subitamente, acordo. Como se pela primeira vez naquele dia estivesse consciente.
Sem eles aqui, tudo parece vago. É muito fácil distrair-me. Apesar de recordar todos os dias os meus objectivos, é comum dispersar a minha atenção, e dar comigo a divagar.
Se tudo correr conforme planeado, o começo da minha vida terá um final feliz, e todos os dias o sol vai brilhar por detrás das nuvens espessas que constantemente cobrem o céu deste país frio, onde as pessoas são tão mais elegantes e vivem em escuros palacetes de tijoleira.
Ficar aqui trazer-me-ia inúmeras vantagens a nível profissional, tornar-me-ia mais matura, e permitir-me-ia um estilo de vida muito diferente daquele que levava na minha terra.
Mas eles não vão estar aqui comigo.
Indigna-me que eles não possam partilhar esta vida comigo. Revolta-me.
Para viver a vida que eu queria, não tinha de me separar deles. Bastava que o meu país no-la pudesse oferecer.
"Eu volto, eu volto..." vou repetindo.
E se não voltar?
Então já não sei o que fazer.








Amanhã vou estar melhor.